terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Interpretação filosófica Ep1 - Ficção científica e Guerra dos mundos - "Geeks retardados, isso é ficção!"



“Geeks retardados, isso é ficção” quem nunca ouviu uma frase desta?

Pois é, hoje resolvi tentar dar uma explicada (ou não) neste belo gênero literário, artístico, musical e cinematográfico que é a ficção científica dando um ar filosófico a ele.

Antes de conhecermos grandes filmes e séries de ficção científica como Star Trek e Battlestar Galactica, a plataforma começou com obras literárias na transição dos séculos XV III e IXX. O Grande Bang! do gênero se deu pela revista The Amazing Stories e ao seu editor na época John Campbell que já tinha experiência em artigos científicos e do gênero e já tinha também contato com autores relevantes da época.

Já ouvi várias críticas ao gênero por se tratar de uma junção muitas vezes metafórica e fantasiosa da realidade com a ciência. Mas eu penso que este é o grande barato da ficção (não só científica). Vários comentários dos ditos “intelectuais da massa” dizem que a língua portuguesa se dispõe de um campo de recursos enorme para esculpir seus textos e deixar seu corpo mais bonito, se utilizando de metáforas e recursos lingüísticos que permitem o leitor ou qualquer pessoa que tenha contato com ela ficar com um pé na subjetividade e outro na realidade. Em obras de ficção científica isso não é diferente, Clássicos do gênero como O exterminador do futuro, A origem (na minha opinião),  Guerra dos mundos e O médico e o monstro, a obra literária de Roberto Louis Stevenson têm uma interpretação filosófica para a mensagem da obra. Essa mensagem está por trás de metáforas e cenas (no caso dos filmes) que às vezes atraem comentários (críticas) dos sensacionalistas. A grande diferença entre a subjetividade das obras de ficção científica e textos literários está desde a origem do gênero até os dias de hoje. Desde o longínquo início com Clássicos como Frankenstein escrito em 1818 e publicado em 1831, e Guerra nas estrelas, o público geek (na época) foi o que mais se manteve fiel ao título por se basear também na ciência, então porque as críticas são direcionadas aos contos de Ficção científica??? Cheguei à conclusão e costumo dizer que isso é fruto do preconceito sofrido pelos Losers no mundo todo.
 



Deixando as críticas de lado, vamos analisar algumas obras e tentar perceber alguns tópicos ligados a filosofia de algumas delas.

Guerra dos mundos:


Quem já viu, pode notar os conflitos  possíveis existentes com as espécies extraterrestres. Muito mais do que um filme de alienígenas, Guerra dos mundos conta a história de um pai que luta com a filha e filho em meio uma invasão alienígena à terra.  “Qual é a filosofia desta merda toda ?” Existem três bilhões de interpretações diferentes quando o assunto é a análise filosófica de qualquer tema, o que é impossível é descartar qualquer uma delas. Meu objetivo neste post é também dar um incentivo a você para buscar o conhecimento da filosofia. O homem sempre teve curiosidades para tudo, desde o átomo até a descoberta de outras galáxias (não que eu seja contra isso, pelo contrario). Contudo, uma das análises possíveis para o filme é a hegemonia de uma espécie implantada no seu lugar de origem. Nele, os alienígenas invadem o planeta matam milhões de pessoas, mas não tomam nem assumem o poder, pelo contrário, quando eles pareciam invencíveis, eles morrem de repente por serem sensíveis à atmosfera terráquea (erro do filme, alienígenas não são tão burros assim). No final, uma voz cover de James Earl Jones narra o seguinte texto “Desde que os invasores chegaram, respiraram o nosso ar, comeram e beberam, foram condenados. Eles foram aniquilados, destruídos, após todas as armas e equipamentos humanos falharem, pela menor criatura que Deus, em sua sabedoria, pôs na Terra. Pelo preço de um bilhão de mortes, o homem ganhou sua imunidade e seu direito de sobreviver entre os infinitos organismos do planeta. E esse direito é nosso contra todos os desafios, porque os homens não vivem nem morrem em vão”. Com isso, uma questão é levantada (pela 45092/9#$%% vez),”se caso não estivéssemos  sozinhos no universo, seria essa outra espécie superior à nossa ?” Por vier das dúvidas Compre já o seu Protocolo Bluehand de alienígenas. Este assunto é causa de discussões fervorosas entre religiosos, pensadores, diplomatas, intelectuais, governadores etc. Mas o que nos faz pensar é que, Será mesmo possível conquistar outros lugares, falando em escalas como esta? Estamos adaptados, evoluímos, construímos nosso mundo em conceitos terráqueos. Guerra, computador, medicamentos, territórios, ciências, reprodução, Linguagem, escova de dentes, tudo isso são nossos conceitos terrenos. Ou seja, não estaríamos prontos e nunca estaremos para ocupar outro lugar a não ser a terra. Ao meu ver, foi isso que o filme me mostrou “nenhuma espécie tem condições de sobreviver em outro lugar diferente do seu lugar de origem sem se adaptar ao novo local”. Por outro lado, essa falha de Guerra dos mundos (considerar alienígenas desatentos ao estudo da espécie humana antes de invadir a terra), não foi cometida no filme  MIB – Homens de preto. Apesar de encarem os alienígenas resistentes à nossa atmosfera, Primeiro, são mandados espiões para nos estudar e saber mais sobre os conhecimentos humanos antes de invadirem, embora não seja essa a intenção dos E.Ts. Ou seja, eles foram um
pouco mais inteligentes. Pensando bem, se não fosse essa a mensagem de  Guerra dos mundos qual seria o sentido de investir bilhões de dólares em um longa metragem com efeitos especiais dignos do  direito ao Oscar  onde somos invadidos por Extra-terrestres tomamos uma coça para no final eles morrerem do nada (It Makes no sense). Se você discorda da minha visão mande-me um E-mail me falando o que você acha do assunto, talvez eu até poste ele ou então deixe seu comentário aqui.







Um abraço do Tatu
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