quinta-feira, 22 de maio de 2014

Por que jogamos video game?

Gamer - Por que é legal!
Chato - Assistir a um bom filme também é legal, agora me diga por que você escolhe jogar?
Gamer - '-'

Este texto não está aqui para tentar ser sério


Bom, eu nem sempre joguei muito video game, na maioria das vezes preferia pique esconde e polícia e ladrão. Mas tinha meu mega drive que guardo até hoje com muito carinho, e nessa época os jogos não tinham gráficos realistas e poucos eram os jogos que prendiam o jogador com uma boa história. Sendo assim, eu e acredito que mais gente, jogava só por diversão e pra passar o tempo ao invés de estudar né. Quando ganhei meu Playstion 1, comecei a ter contato com jogos beeeem diferentes, com gráficos horríveis hoje em dia, mas que na época faziam as pessoas falar "como é que pode né?". Joguei muitos jogos bons nesse console, mas o que mais me prendeu e foi o primeiro jogo que virei fã de carteirinha foi - Metal Gear Solid 2 - Jogava horas e como não entendia nada de inglês, as vezes acabava inventando uma história por minha conta. A partir daí fui comprando apenas os consoles da sony, por preferir e ter sido o primeiro que me apaixonei quando adolescente. Até que conheci o que para mim é o maior "jogo" da história da humanidade mega boga puxa puxa, estou falando de The Last of Us. Sim, jogar esse "jogo" não foi nem de perto parecido com aproveitar as outras histórias de outros jogos que tive contato até então, conforme eu avançava na história de The Last of Us, eu ficava mais triste por saber que me aproximava do final, em contra partida me apaixonava mais ainda por Ellie e Joel. Obviamente, fica mais fácil para um jogo da geração do Ps3 ser meu "jogo" favorito quando comparados com os Atari, justamente pela tecnologia que é oferecida na construção desses jogos atuais. O gráfico e jogabilidade contaram muito para meu entusiasmo com o "jogo", mas ... o que me cativou e me fez dizer "o melhor 'jogo' ever" foi pôr a história do jeito que foi posta e criar um filme jogável, sim a história do jogo foi o fator principal para mim. Enquanto jogava, eu ficava com medo, ria, ficava apreensivo enquanto tentava salvar Ellie da morte, assim como Joel ficaria se fosse de carne e osso, e depois que terminei a campanha, pensei "como pode um 'jogo' ser tão bom assim?".


Não sei se repararam, mas aqui em cima escrevi "jogo" entre aspas, costumo brincar com os meus amigos que também jogam video game que para mim The Last of Us não é um jogo, mas uma experiência de vida que todos deveriam experimentar. Para quem não conhece a história do "jogo", ela tem como protagonistas Joel e Ellie que vivem em um tempo onde um fungo tomou conta do mundo, contaminando as pessoas e transformando-as em não-zumbis (parem de falar que são zumbis!). Joel é um mercenário e contrabandista que perdeu sua filha quando o fungo começou a se espalhar, que trabalha com Tess sua parceira de trabalho e que recebe um serviço diferente, transportar uma garotinha, Ellie que é uma órfã de 14 anos, até um certo lugar e entregá-la para algumas pessoas. Obviamente joel anti-herói, encara aquilo como mais um trabalho e não quer saber de Ellie, apenas de concluir seu serviço. Porém ao longo da campanha os dois acabam criando um vínculo que é reforçado pela perda anterior de Joel, sua filha. Não vou contar a história toda do jogo, mas o importante é ver um relacionamento tão bonito sendo criado do nada. The Last of Us foi super premiado em 2013, só pela D.I.C.E Awards, obteve 10 prêmios, incluindo o prêmio de Game of The Year; excelência na direção do jogo; excelência em inovação; história; engenharia visual etc.
 

O motivo desse blá blá blá todo, foi mostrar como eu entendi o poder que uma realidade virtual jogável tem. Nós seres humanos, na maioria, e também não humanos (E.Ts) passamos nossa vida tentando ter histórias e experiências, seja pra contar pros filhos, pros amigos ou algo que você tenha só pra você, porém somos muito pobres em experiências, não conseguimos fazer tudo o que queremos ou que achamos legal; não vou conseguir ser um espião de uma agência mundial ultra secreta (Metal Gear); não vou ficar preso na ilha de Lost e ser super foda em tudo que faço (Tomb Raider); Não vou poder tentar tomar a terra de volta enquanto viajo por várias galáxias (Mass effect); não vou ter poderes de fumaça, neon, eletricidade, poder voar e jogar pessoas a metros de distância com eles (inFamous) e não vou conseguir metade disso mesmo que viva 10 mil anos, porque nem mesmo Raul Seixas relatou isso em suas músicas. Com isso se divertir com um console, além do próprio ato de entreter, proporciona uma experiência, mesmo que momentânea mas REAL, e por isso estamos sempre à procura de jogos melhores, gastamos muito dinheiro com uma placa de vídeo para rodar jogos com gráficos melhores, mais realistas e por isso, quanto melhor for o jogo, melhor é a experiência, justificando aqui meu amor por The Last of Us. Se você discorda do que eu disse sobre experiências e tudo mais, jogue Slender e Outlast na sequência e tente não ficar com medo, (rs) brincadeira.



 
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3 comentários:

  1. Parabéns pelo texto, acho que foi capaz de expressar um pouco dessa cultura e arte que é meio mal vista. Só tem uma coisa, não consegui entrar na página do facebook pelo link abaixo do post.
    Abraços.

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